Você já sentiu aquele frio na espinha ao receber um e-mail estranho, quase perfeito demais para ser falso? Eu, particularmente, percebo que a engenharia social não é mais coisa de filme, é a nossa realidade diária.
Recentemente, notei um aumento assustador em ataques que não visam falhas técnicas, mas sim as nossas emoções e a nossa confiança. É impressionante como os criminosos estão se tornando mestres em manipulação, utilizando até mesmo inteligência artificial para criar golpes quase indetectáveis.
Para mim, a única forma de nos defendermos de verdade é armando-nos com conhecimento, e é exatamente por isso que criamos este programa de partilha. Vamos descobrir exatamente.
Eu, particularmente, percebo que a engenharia social não é mais coisa de filme, é a nossa realidade diária. Recentemente, notei um aumento assustador em ataques que não visam falhas técnicas, mas sim as nossas emoções e a nossa confiança.
É impressionante como os criminosos estão se tornando mestres em manipulação, utilizando até mesmo inteligência artificial para criar golpes quase indetectáveis.
Para mim, a única forma de nos defendermos de verdade é armando-nos com conhecimento, e é exatamente por isso que criamos este programa de partilha. Vamos descobrir exatamente.
Os Bastidores da Persuasão Maligna: Decifrando os Manipuladores Digitais
Na minha jornada diária pela internet, seja respondendo a e-mails, navegando nas redes sociais ou até mesmo fazendo compras online, a sensação de que algo está “demasiado bom para ser verdade” tornou-se um instinto de sobrevivência.
É como se os criminosos tivessem estudado minuciosamente a psicologia humana, transformando cada um de nós em um alvo potencial. Lembro-me de uma vez, há alguns meses, quando recebi uma mensagem que parecia vir diretamente do meu banco.
O logótipo era impecável, a linguagem formal, e o apelo à urgência era palpável: “A sua conta será suspensa em 24 horas se não atualizar os seus dados”.
Meu coração acelerou. Por um instante, a preocupação genuína superou a minha cautela habitual. A manipulação aqui não estava em invadir meu computador, mas sim em invadir a minha mente, aproveitando-se do meu medo de perder acesso aos meus fundos.
É essa a essência da engenharia social: um jogo mental onde o atacante explora nossas fraquezas inatas – a curiosidade, o medo, a ganância, a vontade de ajudar, a urgência e, sim, até mesmo a nossa boa-fé.
Eles não precisam de ferramentas sofisticadas de hacking, apenas de uma compreensão profunda de como as pessoas pensam e reagem sob pressão ou sob a promessa de algo vantajoso.
Eu observei, e sinto isso na pele, que a sofisticação desses ataques está crescendo exponencialmente, e o que antes era óbvio, hoje é quase indistinguível da realidade.
Por isso, conhecer os métodos não é apenas uma vantagem, é uma necessidade urgente para a nossa segurança digital e financeira.
1. Táticas Comuns de Manipulação: O Manual do Golpista Atualizado
Os golpistas de hoje não usam mais apenas “príncipes nigerianos” – embora esses ainda existam, claro! Eles evoluíram, e muito. Vejo com frequência, e às vezes sou alvo eu mesma, de e-mails de phishing que imitam serviços de streaming populares, operadoras de telecomunicações, ou até mesmo autoridades fiscais.
O que me impressiona é a personalização. Eles usam o nosso nome, citam serviços que realmente usamos ou até fazem referências a eventos recentes. Outra tática assustadora é o “smishing”, que são mensagens de texto SMS falsas.
Quem nunca recebeu um SMS dizendo que um pacote está retido ou que uma fatura está em atraso, com um link suspeito? Eu já caí na tentação de clicar, por pura curiosidade ou distração, e por sorte, meu software de segurança me salvou.
O “vishing”, que é o phishing por voz, também está em alta, com chamadas telefónicas fraudulentas que se fazem passar por bancos ou suporte técnico. Eles usam voz calma, persuasiva, e às vezes até informações que parecem verdadeiras para nos convencer a entregar dados ou a realizar ações.
Eles se aproveitam do nosso subconsciente, da nossa tendência de confiar em figuras de autoridade ou em situações de emergência.
2. Identificando Vulnerabilidades Comportamentais: Onde Eles Miram
Nós, seres humanos, somos criaturas de hábitos e emoções, e é exatamente aí que a engenharia social encontra seu ponto de entrada. A minha experiência mostra que a curiosidade é uma das maiores armadilhas.
Um título de e-mail instigante, uma oferta “exclusiva” que aparece do nada – quem não fica tentado a ver o que é? A urgência é outra ferramenta poderosa; a ideia de que precisamos agir “agora” ou perderemos uma oportunidade ou teremos um problema grave nos impede de pensar racionalmente.
O medo, claro, é um clássico: o medo de ter a conta bloqueada, o cartão clonado, ou de perder dinheiro. A ganância também é explorada impiedosamente, com promessas de lucros fáceis ou heranças inesperadas.
É crucial que nos autoavaliemos e entendamos em que tipo de gatilho emocional somos mais suscetíveis. Para mim, a urgência é o que mais me tira do sério, mas agora sei que, quando sinto essa pressão, é a hora de parar, respirar fundo e verificar tudo duas vezes.
É um exercício constante de autoconsciência para não cair nas armadilhas mais comuns.
O Guardião Interno: Fortalecendo Sua Mente Contra Ataques Psicológicos
Depois de alguns sustos e muitas conversas com especialistas, eu entendi que a primeira linha de defesa não é um software antivírus caríssimo, mas sim a nossa própria mente.
É um verdadeiro trabalho de fortalecimento mental, um escudo invisível que construímos com conhecimento e ceticismo saudável. O que aprendi, e o que sinto que realmente faz a diferença, é a capacidade de duvidar, mesmo quando a situação parece totalmente legítima.
Pense naquele e-mail que, de repente, vem de um amigo ou colega com um anexo estranho e um assunto genérico. Meu primeiro pensamento agora é: “Será que é realmente ele?”.
Eu desenvolvi o hábito de contactar a pessoa por outro canal – uma chamada telefónica, uma mensagem noutra plataforma – apenas para confirmar. Parece um exagero, eu sei, mas essa pequena ação já me salvou de abrir inúmeros anexos maliciosos.
É exaustivo, sim, viver em estado de alerta, mas a tranquilidade de saber que você está protegido vale cada segundo de esforço. Afinal, a nossa informação pessoal e financeira é o nosso bem mais valioso no mundo digital, e protegê-la é uma responsabilidade que ninguém mais pode assumir por nós.
1. Desenvolvendo o Ceticismo Saudável: O Poder do “E se?”
A primeira lição que aprendi, e que repito para todos os meus amigos e familiares, é: desconfie de tudo que foge do padrão. Se você não estava esperando aquele e-mail da EDP, da Segurança Social ou do seu banco, pare.
Se o tom da mensagem é excessivamente urgente ou dramático, acenda a luz vermelha. Eu, particularmente, adoro a regra dos “três N”: Não Clique, Não Responda, Não Baixe.
Sempre que recebo algo que me causa uma pontada de desconfiança, sigo esses “N’s” religiosamente. Além disso, a verificação cruzada é fundamental. Em vez de clicar num link suspeito, procure o site oficial da empresa no Google e navegue até a área de cliente ou de avisos.
Muitas vezes, eles publicam alertas sobre golpes em andamento. Essa prática, que parece simples, é um superpoder contra a engenharia social, porque você está, na verdade, contornando a armadilha do golpista e buscando a verdade por conta própria, em vez de aceitar a versão que ele quer que você veja.
É um hábito que, uma vez desenvolvido, se torna natural e extremamente eficaz.
2. Gerenciamento de Informações Pessoais: O Que Você Expõe Online
Vivemos na era da partilha, e eu sou a primeira a admitir que partilho muito da minha vida online. Mas com o tempo, percebi o quanto isso pode ser perigoso.
Os engenheiros sociais usam as informações que publicamos sobre nós mesmos para criar ataques mais credíveis. Se publico que vou de férias para o Algarve, um golpista pode criar um e-mail falso sobre “problemas com a sua reserva de hotel” ou “ofertas de última hora na sua localização”.
Eu já vi isso acontecer com amigos, e é assustador. Hoje, sou muito mais cuidadosa com o que partilho publicamente. Evito postar fotos de passagens aéreas, ingressos de eventos com códigos de barras, ou detalhes que possam revelar a minha rotina ou localização precisa.
Até mesmo a minha data de aniversário completa e o nome dos meus animais de estimação – informações que parecem inocentes – podem ser usadas para quebrar senhas ou perguntas de segurança.
É uma balança delicada entre partilhar experiências e proteger a nossa privacidade, e o segredo está em encontrar o equilíbrio certo. Pense sempre: “Essa informação pode ser usada contra mim?” antes de clicar em “publicar”.
Ferramentas e Métodos para uma Defesa Robusta Contra Fraudes
Não podemos depender apenas da nossa intuição. Embora o ceticismo seja vital, precisamos de ferramentas e práticas concretas para fortalecer a nossa segurança digital.
Na minha experiência, a combinação de software e bons hábitos é o que realmente nos mantém a salvo. Eu invisto em um bom software antivírus e de segurança, não só para o meu computador, mas também para o meu telemóvel, porque a maioria dos ataques hoje em dia chega por esses dispositivos.
Além disso, a gestão de senhas é um ponto que eu insisto muito. Senhas fortes e únicas para cada serviço são essenciais. Não adianta ter uma senha super complexa se você usa a mesma para o banco, e-mail e redes sociais.
Eu costumo usar um gestor de senhas para me ajudar a criar e armazenar senhas complexas, porque é humanamente impossível memorizar todas elas. E claro, a autenticação de dois fatores (2FA) é a minha “salvação” – sempre que disponível, eu ativo.
Essa camada extra de segurança, que exige um código enviado para o meu telemóvel ou gerado por um aplicativo, é um obstáculo gigantesco para qualquer um que tente acessar minhas contas.
É como ter uma fechadura dupla na porta da sua casa; mesmo que alguém consiga a primeira chave, a segunda ainda está lá para proteger você.
1. O Kit Essencial de Segurança Digital Pessoal
Para mim, um bom kit de defesa começa com a base: software antivírus e anti-malware atualizado. Eu, por exemplo, uso uma solução paga que me dá mais tranquilidade, mas há opções gratuitas eficazes também.
É como o seguro do carro; você espera nunca precisar, mas é um alívio tê-lo quando algo acontece. Em seguida, vem o gestor de senhas. Eu sei que é um hábito difícil de criar para muitos, mas depois que você começa a usar, percebe o quão libertador é não ter que memorizar dezenas de senhas complexas.
E, claro, a autenticação de dois fatores (2FA) em tudo o que é possível. Do meu e-mail principal às minhas contas de redes sociais e bancárias, tudo tem 2FA ativado.
É a forma mais simples e eficaz de adicionar uma barreira extra.
Tática de Ataque | Descrição Breve | Sinais de Alerta Comuns | Sua Estratégia de Defesa Pessoal |
---|---|---|---|
Phishing | E-mails fraudulentos que simulam entidades legítimas para roubar dados. | Erros de português, links suspeitos, remetente estranho, pedido de urgência. | Não clicar em links; verificar remetente; acessar site oficial diretamente. |
Smishing | Mensagens de texto (SMS) falsas, geralmente com links maliciosos. | Número desconhecido, promessas exageradas, links curtos ou estranhos. | Apagar a mensagem; bloquear o número; nunca clicar em links SMS suspeitos. |
Vishing | Chamadas telefónicas fraudulentas que se fazem passar por empresas ou bancos. | Urgência excessiva, solicitação de dados sensíveis por telefone, pressão para agir. | Desligar; ligar de volta para o número oficial da empresa/banco; nunca fornecer dados. |
Pretexting | Criação de um cenário ou história falsa para obter informações. | Perguntas muito específicas sobre dados pessoais; histórias convincentes mas incomuns. | Confirmar a identidade do solicitante por um canal oficial diferente. |
Baiting | Ofertas “irresistíveis” (gratuitas) que ocultam malware ou roubo de dados. | Dispositivos USB encontrados, downloads “gratuitos” de conteúdo premium, brindes. | Não aceitar brindes de fontes desconhecidas; não conectar dispositivos estranhos ao PC. |
2. A Importância da Atualização Contínua e do Backup
Eu sou daquelas que antes deixava as atualizações para “depois”. Que erro! Hoje entendo que cada atualização de software, seja do sistema operativo, do navegador ou dos aplicativos, traz consigo correções de segurança.
É como um escudo que está sempre a ser reforçado. E o backup? Ah, o backup!
Eu já tive um HD externo que “morreu” e perdi fotos de anos. A dor foi real. Desde então, faço backups regulares de todos os meus ficheiros importantes para um disco externo e também para um serviço de nuvem.
Se, por azar, cairmos num golpe de ransomware ou algo parecido, ter um backup recente é a diferença entre perder tudo e poder recuperar-se rapidamente.
É a minha rede de segurança pessoal. É um processo que leva algum tempo, mas a paz de espírito que ele oferece é imensurável. Não subestime a importância de manter seus sistemas e seus dados seguros e atualizados; é a base da sua resiliência digital.
Partilhando Conhecimento: Criando uma Comunidade Resiliente contra Golpes
Minha paixão por este tema não se limita a proteger a mim mesma. Sinto uma responsabilidade enorme em partilhar o que aprendi com outras pessoas. Afinal, a engenharia social é um problema coletivo; quanto mais gente estiver informada e protegida, mais difícil se torna para os golpistas prosperarem.
Recentemente, organizei uma pequena sessão online com amigos e familiares, para explicar os truques mais comuns que eles deveriam evitar. A reação foi incrível!
Muitos deles confessaram que já haviam caído em golpes semelhantes ou quase caíram, e que nunca tinham percebido a profundidade da manipulação psicológica por trás deles.
Essa experiência me fez perceber que a melhor defesa contra a engenharia social é a educação massiva. Não é algo que se aprende apenas lendo um artigo ou vendo um vídeo; é um processo contínuo de conscientização e partilha de experiências.
Eu acredito firmemente que, ao educar uns aos outros, construímos uma “imunidade de grupo” contra essas ameaças invisíveis.
1. Como Ser um Agente de Mudança: Espalhando a Conscientização
Eu sempre digo que o conhecimento só tem valor quando é partilhado. Se você leu este artigo e aprendeu algo novo, não guarde para si. Converse com seus pais, seus avós, seus amigos – aqueles que talvez não estejam tão familiarizados com as nuances da segurança digital.
Use exemplos práticos e reais. Conte a sua própria experiência (se tiver uma!) ou as histórias que leu. Eu, por exemplo, sempre que vejo uma notícia sobre um novo tipo de golpe em Portugal, partilho nos meus grupos de WhatsApp com um alerta.
É uma pequena ação que pode fazer uma enorme diferença. A conscientização não é um evento único, mas um processo contínuo. Precisamos ser proativos em nos educarmos e em educar as pessoas ao nosso redor.
2. Recursos Confiáveis para Manter-se Atualizado: Onde Buscar Informação
A internet está cheia de informações, mas nem todas são confiáveis. Para me manter atualizada sobre as últimas táticas de engenharia social e segurança, confio em algumas fontes específicas.
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) em Portugal é uma excelente fonte de informação e alertas sobre ameaças. Além disso, sigo blogs de empresas de segurança cibernética renomadas e influenciadores digitais que realmente entendem do assunto e partilham informações de forma clara e acessível.
Eu também participo de fóruns e grupos online onde as pessoas partilham suas experiências e dúvidas. É um ambiente onde podemos aprender uns com os outros e nos alertar sobre novas ameaças.
Manter-se informado é a chave, mas é ainda mais importante saber onde buscar essa informação para não cair em “notícias falsas” sobre segurança.
O Futuro da Manipulação: Engenharia Social na Era da Inteligência Artificial
É impossível falar de engenharia social hoje sem mencionar a Inteligência Artificial. Eu percebo que a IA está a levar os golpes a um nível de sofisticação que antes parecia coisa de ficção científica.
Lembro-me de ter lido sobre como vozes sintéticas ultra-realistas, geradas por IA, estão a ser usadas em golpes de “CEO fraudulento”, onde o criminoso imita a voz de um executivo para enganar funcionários a fazer transferências milionárias.
É assustador pensar que um golpista pode replicar a voz de alguém que conhecemos e usar isso para nos manipular. Além disso, a IA pode gerar textos de phishing que são praticamente perfeitos em termos de gramática e estilo, dificultando a identificação.
É como se os golpistas tivessem um exército de escritores e atores virtuais à sua disposição. Esse cenário, embora preocupante, reforça ainda mais a necessidade de desenvolvermos uma capacidade crítica ainda mais aguçada e de nos basearmos em múltiplos fatores para verificar a autenticidade de uma comunicação.
A nossa intuição precisará ser mais afiada do que nunca.
1. Deepfakes e Vozes Sintéticas: A Nova Fronteira dos Golpes
Eu confesso que quando ouço falar de *deepfakes* – vídeos ou áudios que parecem reais, mas são totalmente fabricados por IA – sinto um arrepio. A possibilidade de ver um vídeo de alguém que conhecemos dizendo ou fazendo algo que nunca faria, ou ouvir a voz de um ente querido a pedir dinheiro numa emergência falsa, é uma das maiores ameaças que enfrentamos.
Já ouvi histórias de pessoas que quase caíram em golpes de *vishing* onde a voz da pessoa amada parecia idêntica. Isso mexe com as nossas emoções mais profundas e a nossa capacidade de distinguir o real do fabricado.
A minha regra de ouro agora é: se algo parece incrivelmente estranho ou urgente, mesmo que venha de uma fonte conhecida e pareça muito real, é hora de verificar por um segundo canal, de forma independente.
Uma chamada de vídeo rápida, uma pergunta pessoal que só a pessoa real saberia a resposta, ou até mesmo um código previamente combinado são estratégias vitais.
2. Combatendo a IA com Consciência Humana: O Nosso Poder
Diante de uma ameaça tão avançada como a engenharia social impulsionada pela IA, pode parecer que estamos em desvantagem, mas eu acredito firmemente que o nosso maior trunfo é a nossa consciência humana.
A IA pode ser ótima em gerar aparências perfeitas, mas ela ainda não consegue replicar a complexidade das interações humanas e a intuição. A nossa capacidade de notar pequenos detalhes, de sentir que algo “não está certo”, de questionar o porquê de uma comunicação ser tão urgente ou tão perfeita – isso é algo que a IA ainda não dominou.
É a nossa capacidade de pensar criticamente, de comparar a informação com o nosso conhecimento prévio e de confiar nos nossos instintos de alerta que nos dará a vantagem.
A luta contra a engenharia social é, no fundo, uma luta pela nossa capacidade de pensar por nós mesmos e de não sermos passivamente manipulados. E essa é uma batalha que, com o conhecimento certo, podemos e devemos vencer.
Conclusão
Eu espero, de coração, que esta nossa conversa sobre engenharia social tenha acendido uma luz para você. O que eu mais quero é que cada um de nós se sinta mais forte, mais preparado para enfrentar os desafios do mundo digital.
Não se trata de viver com medo, mas sim de viver com conhecimento e cautela. Juntos, ao partilharmos estas lições e nos mantermos informados, construímos uma comunidade mais resiliente, capaz de desmascarar as manipulações e proteger o que é mais valioso.
A sua segurança digital é uma jornada contínua, e eu estou aqui para percorrê-la consigo.
Informações Úteis a Saber
1. Reporte sempre: Se for alvo de uma tentativa de fraude ou golpe, não hesite em reportar às autoridades competentes (PSP, GNR ou Polícia Judiciária) e ao Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) através do seu formulário de contacto ou linha de apoio. A sua denúncia pode evitar que outras pessoas caiam no mesmo esquema.
2. Verificação Dupla: Antes de clicar em links, efetuar pagamentos ou partilhar informações, contacte a entidade em questão por um canal oficial e independente (não use o contacto fornecido na mensagem suspeita). Um telefonema rápido para o número oficial do banco ou da empresa resolve muitas dúvidas.
3. Utilize um Gestor de Senhas: Para criar e gerir senhas fortes e únicas para cada uma das suas contas, considere usar um gestor de senhas confiável. Ferramentas como o LastPass, 1Password ou Bitwarden podem simplificar a sua vida digital e aumentar a sua segurança exponencialmente.
4. Autenticação de Dois Fatores (2FA): Ative sempre a autenticação de dois fatores em todas as contas que a ofereçam, especialmente e-mail e serviços bancários. Esta camada extra de segurança é um dos seus maiores aliados contra acessos não autorizados.
5. Educação Contínua: Mantenha-se atualizado sobre as últimas táticas de fraude e segurança digital. Siga fontes de informação confiáveis, como o website do CNCS em Portugal, e participe em comunidades onde a partilha de conhecimento sobre cibersegurança é incentivada. O conhecimento é a sua melhor defesa!
Pontos Chave a Reter
A engenharia social explora vulnerabilidades humanas como curiosidade, medo e urgência para manipular. A nossa mente é a primeira linha de defesa, exigindo ceticismo saudável e gestão cuidadosa da informação pessoal online.
Ferramentas como antivírus, gestores de senhas e 2FA são essenciais, assim como a atualização contínua de software e backups regulares. A Inteligência Artificial eleva o nível dos golpes com deepfakes e vozes sintéticas, mas a consciência humana e o pensamento crítico permanecem as nossas maiores armas para combater estas ameaças.
Partilhar conhecimento e manter-se informado são cruciais para construir uma comunidade digitalmente resiliente.
Perguntas Frequentes (FAQ) 📖
P: O que realmente mudou na engenharia social que a torna tão assustadora e eficaz hoje em dia?
R: Olha, pra mim, o que mais choca é que a engenharia social virou uma espécie de “psicologia do crime”. Não é mais só um gatinho tentando pegar sua senha com um e-mail mal escrito.
Eles se tornaram mestres em ler nossas emoções, nossos medos, a nossa pressa. Eu sinto que antes era mais sobre explorar falhas técnicas nos sistemas, mas agora é quase um ataque direto à nossa confiança e à nossa capacidade de raciocínio sob pressão.
Pensa só: recebi um SMS esses dias, idêntico ao do meu banco, avisando de uma transação suspeita. Era tão real, com o mesmo jeito de falar, que por um segundo meu coração gelou.
A diferença hoje é a sutileza, a personalização. Eles não jogam a rede, eles pescam um por um, usando o que sabem sobre você ou sobre o que te aflige.
É como se soubessem apertar o botão certo na hora certa. Isso, pra mim, é o que a torna tão perigosa e, admito, fascinante na sua crueldade.
P: Como a inteligência artificial está sendo usada para criar esses golpes quase indetectáveis, e o que a torna uma ameaça tão grande?
R: Essa é a parte que me tira o sono, de verdade. A inteligência artificial (IA) elevou o nível do jogo a um ponto que a gente nem imaginava. Antigamente, você recebia um e-mail com erros de português, umas frases estranhas, e já desconfiava.
Hoje, a IA consegue gerar textos perfeitos, sem um erro de vírgula, com a linguagem que você esperaria de uma empresa séria, de um amigo ou até de um familiar.
Eu tenho uma amiga que quase caiu num golpe do falso sequestro por áudio – a voz que ela ouviu era idêntica à do filho dela, clonada por IA! Sabe aquela voz que você conhece de anos?
Era essa. Ela só não caiu porque o filho ligou bem na hora e desmentiu. A IA permite que os criminosos escalem esses ataques de forma massiva e com uma personalização absurda.
Imagine milhoes de e-mails, mensagens de WhatsApp ou até chamadas de voz sendo geradas simultaneamente, cada uma adaptada para parecer legítima para a vítima específica.
Isso torna a detecção manual quase impossível e aumenta muito a chance de alguém desavisado cair na armadilha. A velocidade e a perfeição na criação desses enganos são a grande ameaça.
P: Com tantos golpes sofisticados, o que podemos fazer de prático para nos protegermos de verdade e não cair nessas armadilhas digitais?
R: Minha regra de ouro, que eu aprendi na prática (e com alguns sustos!), é: se a esmola é muita, o santo desconfia. E desconfie sempre, mesmo que pareça a coisa mais normal do mundo.
Primeiro, nunca clique em links ou baixe anexos de fontes duvidosas, nem mesmo se a fonte parecer legítima. Se receber uma mensagem de banco, de operadora, de uma loja, não clique no link.
Vá direto no site oficial da empresa, ou ligue para o número oficial, aquele que está no verso do seu cartão ou no site oficial, não no que veio na mensagem.
Segundo, adote a autenticação de dois fatores (2FA) ou multifator (MFA) em TUDO! Banco, e-mail, redes sociais… isso cria uma barreira extra.
Mesmo que peguem sua senha, eles ainda precisariam de um código enviado para seu celular. E por último, e eu acho que é o mais importante: converse sobre isso.
Compartilhe essas histórias, esses golpes, com sua família, seus amigos, principalmente os mais velhos. A informação é a nossa maior arma. Eu, por exemplo, sempre conto para minha mãe sobre os golpes do Pix ou da falsa central de atendimento.
É um trabalho de formiguinha, sim, mas é o que nos dá uma chance de não sermos as próximas vítimas.
📚 Referências
Wikipedia Encyclopedia
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